Brasil e Argentina conferem prioridade total à recuperação da corrente de comércio bilateral

Brasília – Recuperar o fluxo do comércio bilateral deve ser a prioridade do Brasil e da Argentina, revertendo a forte queda que fez com que de 211 a 2020 a corrente de comércio (exportações+importações) entre os dois países caísse de cerca de US$ 40 bilhões para US$ 16 bilhões.

O embaixador brasileiro na Argentina, Reinaldo José de Almeida Salgado, disse que o crescimento dos países passa, necessariamente, pelo desenvolvimento do setor produtivo. Ele ressaltou que a pauta do comércio bilateral é qualificada, composta sobretudo por bens industrializados.

No entanto, de 2011 a 2020 o comércio entre os dois países caiu de cerca de US$ 40 bilhões para R$ 16 bilhões.

“Precisamos trabalhar para reverter essa tendência. Seguimos empenhados para resolver os problemas de restrições da pandemia, mas também precisamos de soluções sistêmicas que garantam previsibilidade e segurança jurídica ao comércio bilateral”, afirmou o embaixador.

Por sua vez, o embaixador argentino no Brasil, Daniel Scioli, por sua vez, afirmou que uma das prioridades da argentina é recuperar o comércio com o Brasil, seu principal parceiro na região. “Vamos fazer o comércio crescer, nos modernizar e estamos abertos a negociar novos acordos que tragam benefícios para ambos os países”, disse.

A CNI e a UIA divulgaram nesta quinta-feira (10) uma declaração conjunta na qual apresentam as ações prioritárias para o segundo semestre deste ano com o objetivo de impulsionar o comércio bilateral e aprofundar a integração do Mercosul.

O documento foi divulgado em reunião virtual do Conselho Empresarial Brasil-Argentina (Cembrar). As propostas são organizadas em prioridades na relação Brasil-Argentina e para o Mercosul. No primeiro, os temas são facilitação de comércio; cooperação regulatória; e documentos eletrônicos para processos de comércio exterior. No segundo, discussões sobre Tarifa Externa Comum (TEC); negociações extrarregionais; e internalização de acordos pendentes e revisões de acordos do Mercosul.

O presidente da seção brasileira do Cembrar, Mauro Bellini, defendeu pragmatismo na agenda bilateral para que Brasil e Argentina saiam da crise desencadeada pela pandemia de Covid-19. Ele ressaltou que, além da crise sanitária, os dois países enfrentam obstáculos históricos que resultam em perda de competitividade. Ele destacou que, entre 18 países, Brasil e Argentina posicionam-se nas últimas posições em ranking de competitividade elaborado pela CNI.

O presidente da seção argentina do Cembrar, Lus Tendlarz, também destacou que os dois países precisam desenvolver ações para tornarem suas economias cada vez mais competitivas. Segundo ele, “com a declaração conjunta, queremos contribuir para que as indústrias dos dois países saiam maiores e melhores dessa crise”.

Nesse sentido, ressaltou Luiz Tendlarz, “o debate sobre a redução da Tarifa Externa Comum (TEC) do Mercosul não é oportuno nem necessário, uma vez que o contexto é de crise e não se sabe que benefícios essa medida trará aos países do bloco”.

cembrar_-_declaracao_conjunta_brasil-argentina_2021

(*) Com informações da CNI

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