Brasília – O superávit da balança comercial se mantém em ritmo de alta e atinge US$ 31,76 bilhões no acumulado do ano, até a segunda semana de junho, com crescimento de 59,3% pela média diária, na comparação com o período de janeiro a junho de 2020. A corrente de comércio (soma das exportações e importações) chega a US$ 208,86 bilhões no período, com crescimento de 30,4%.
As exportações em 2021 já somam US$ 120,31 bilhões, com aumento de 33,6%, enquanto as importações cresceram 26,3% e totalizaram US$ 88,55 bilhões. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (14/6) pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia.
No acumulado do mês, as exportações cresceram 75,3% e somaram US$ 11,67 bilhões, enquanto as importações subiram 68,2% e totalizaram US$ 7,04 bilhões. Dessa forma, a balança comercial registrou superávit de US$ 4,64 bilhões, em alta de 87,3%, e a corrente de comércio alcançou US$ 18,71 bilhões, subindo 72,6%.
Se for considerada apenas a segunda semana de junho, as exportações somaram US$ 7,388 bilhões, enquanto as importações totalizaram US$ 4,613 bilhões. Assim, a balança comercial registrou superávit de US$ 2,775 bilhões e a corrente de comércio alcançou US$ 12,002 bilhões.
Principais resultados da balança comercial
Exportações no mês
Nas exportações, comparadas a média diária até a segunda semana deste mês (US$ 1,459 bilhão) com a de junho de 2020 (US$ 832,33 milhões), houve crescimento de 75,3% em razão do aumento nas vendas da indústria extrativista (201,3%), da indústria de transformação (45,9%) e da agropecuária (44,4%).
O aumento das exportações foi puxado, principalmente, pelo crescimento nas vendas dos seguintes produtos da indústria extrativista: minério de ferro e seus concentrados (211,9%); óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (224,5%); minérios de cobre e seus concentrados (40,2%); pedra, areia e cascalho (137%) e outros minerais em bruto (40,3%).
Já em relação à indústria de transformação, destaque para o crescimento nas vendas de farelos de soja e outros alimentos para animais, excluídos cereais não moídos, farinhas de carnes e outros animais (75,2%); produtos semiacabados, lingotes e outras formas primárias de ferro ou aço (142,3%); instalações e equipamentos de engenharia civil e construtores, e suas partes (227%); açúcares e melaços (30%) e ferro-gusa, spiegel, ferro-esponja, grânulos e pó de ferro ou aço e ferro-ligas (79,6%).
Entre os produtos agropecuários, a alta das exportações contou com o crescimento nas vendas de soja (44,1%); café não torrado (51,3%); algodão em bruto (161,9%); madeira em bruto (1.514,8%) e frutas e nozes não oleaginosas, frescas ou secas (63,2%).
Importações no mês
Nas importações, a média diária até a segunda semana de junho de 2021 (US$ 879,4 milhões) ficou 68,2% acima da média de junho do ano passado (US$ 522,72 milhões). Nesse comparativo, aumentaram principalmente as compras da indústria de transformação (75,3%), da agropecuária (56,1%) e também de produtos da indústria extrativista (7%).
Na indústria de transformação, o aumento das importações foi puxado pelo crescimento nas compras de adubos ou fertilizantes químicos, exceto fertilizantes brutos (90,8%); óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos, exceto óleos brutos (168,2%); partes e acessórios dos veículos automotivos (147,4%); válvulas e tubos termiônicas, de cátodo frio ou foto-cátodo, diodos, transistores (94,4%) e veículos automóveis de passageiros (375,8%).
Na agropecuária, a alta nas importações ocorreu, principalmente, pela compra de trigo e centeio, não moídos (39,5%); pescado inteiro vivo, morto ou refrigerado (137,9%); cacau em bruto ou torrado (140.850,9%); soja (117%) e látex, borracha natural, balata, guta-percha, guaiúle, chicle e gomas naturais (142%).
Por fim, na indústria extrativista a alta nas importações se deve, principalmente, à compra de carvão, mesmo em pó, mas não aglomerado (44,3%); gás natural, liquefeito ou não (53,6%); outros minérios e concentrados dos metais de base (159,4%); outros minerais em bruto (46,4%) e pedra, areia e cascalho (179,9%).
(*) Com informações da Secex/Ministério da Economia